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A tecelagem é um dos ofícios mais antigos do mundo e também foi um dos primeiros a ser automatizado: a Revolução Industrial foi em grande parte impulsionada pelo desenvolvimento da tecnologia do tear. [Roger de Meester] decidiu recriar essa parte da história da indústria, de certa forma, construindo seu próprio tear totalmente automático, do tamanho de um desktop. Depois de uma longa carreira na indústria têxtil, ele é um especialista quando se trata de tecelagem e, como você verá, ele também é um especialista em construção de máquinas.

O tear de [Roger] é de um tipo específico chamado tear maquinetado, o que significa que os fios verticais (a urdidura) podem ser movidos para cima e para baixo de várias maneiras para criar diferentes padrões no tecido. Os fios horizontais (a trama) são criados por uma lançadeira que se move para a esquerda e para a direita, carregando uma bobina que se desenrola à medida que viaja. Uma placa em forma de pente (a palheta) fixa então a nova trama em seu lugar. Os vídeos de [Roger] (incorporados abaixo) mostram claramente esse mecanismo em ação, bem como o design geral do tear.

A lançadeira impressa em 3D é movida para frente e para trás através da urdidura por um sistema acionado por correia que agarra a extremidade magnética da lançadeira. Tambores de armazenamento giratórios em ambos os lados da máquina permitem o uso de diferentes cores de linha para cada lance de lançadeira. Os ônibus são trocados por um braço robótico que os pega e os coloca na pista; há uma braçadeira que agarra a ponta da linha quando a lançadeira inicia seu funcionamento e um alicate para soltá-la quando a lançadeira estiver pronta para substituição.

Esta intrincada dança mecânica é controlada por um conjunto de Arduino Megas e Nanos. Eles acionam todos os servos, motores CC e motores de passo enquanto leem uma série de sensores e interruptores. O sistema pode até detectar diversas falhas: a tensão da trama é verificada após cada ciclo, as lançadeiras com bobinas vazias são descartadas automaticamente, enquanto um laser monitora a urdidura para garantir que nenhum dos fios tenha quebrado.

A máquina inteira foi projetada pelo próprio [Roger]; além de peças impressas em 3D e usinadas em CNC, ele também reutilizou componentes de diversas peças de máquinas descartadas. Seu objetivo final é usar esta máquina para fabricar tecidos especializados para uso médico ou industrial: por exemplo, ela pode usar fios condutores para fabricar tecidos com sensores integrados.

Embora este não seja o primeiro tear automático DIY que apresentamos, é definitivamente o mais avançado. Exemplos anteriores, como esta versão em miniatura impressa em 3D ou esta elegante controlada por computador, não podem ser comparados à largura da palheta de 26 cm de [Roger] e à ampla capacidade de personalização. Se preferir manter as coisas um pouco mais simples, você também pode usar uma impressora 3D para imprimir diretamente determinados tecidos.